Movimento Feminista

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O movimento feminista nasceu com o intuito de lutar por direitos de igualdade entre homens e mulheres. O movimento social engloba exigência por direitos iguais em vários temas, como o jurídico, o trabalho, a educação e até mesmo a luta por igualdade que envolva relacionamentos e sexo.

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O que é o Movimento Feminista?

As mulheres feministas se juntam e até mesmo criam organizações para exigir que o Estado cumpra os direitos iguais entre homens e mulheres. O movimento é antigo e conseguiu muitas conquistas de lá até aqui, entre elas a conquista do voto, o acesso ao trabalho formal, a educação, entre outros.

Mesmo com os direitos já adquiridos, as mulheres ainda têm fôlego para conquistar mais espaço, principalmente nos cargos de grande chefia de empresas e como representantes da população em instituições políticas.

Origem do Movimento Feminista

A origem do movimento feminista começou a ter forças na década de 1960, quando o mundo começou a adotar medidas de igualdade de gênero, como a liberdade sexual e o direito maior da mulher de adotar métodos contraceptivos.

A ideia do sexo começou a ser separada do artifício de apenas ser feito para a procriação. Porém, antes da década de 1960, já existiam movimentos defensores do feminismo, mas sem muita força para mudanças.

Desde o seu surgimento, muitas conquistas foram adquiridas ao longo da história do movimento feminista e isso deu mais força para o seu crescimento e pela luta por mais direitos. As leis de proteção à mulher, como as leis contra o estupro e assédio sexual são algumas das grandes aquisições das mulheres. E não fica só no quesito sexual, o direito ao voto, a licença maternidade e ao trabalho com salários semelhantes para mulheres e homens que ocupam o mesmo nível de função e cargo.

Grandes mulheres feministas nascidas na Europa e Estados Unidos conseguiram aprovar leis, ao longo da história, que colocaram as mulheres com vários direitos que só existiam para homens. Muitas das leis conquistadas eram exigências das mulheres brancas e de classe média desses países, o que deixou alguns direitos das mulheres negras ainda em nível de desigualdade. A partir da década de 1960, os direitos das mulheres negras também foram incluídos na luta do movimento feminista.

Movimento Feminista no mundo

Mesmo que o feminismo não tenha tido tanta força antes da década de 1960, ele existiu e teve figuras importantes durante o século XIX que lutaram pelo empoderamento das mulheres. O século XIX, segundo Maggie Humm e Rebecca Walker, foi a primeira aparição dos movimentos feministas e é conhecido como a “primeira onda” do feminismo no mundo.

A segunda onda, e a mais forte de todas, começou entre 1960 e 1970, quando as principais lutas das mulheres se transformaram em leis. A terceira onda aconteceu em 1990 e dura até os dias de hoje. A partir desses momentos, a história feminista ganhou mais força e espaço na sociedade.

Ao longo desses anos de lutas, muitas causas importantes se transformaram em leis de proteção à mulher e igualdade de direitos entre os gêneros que estão ligados desde ao direito à propriedade, ao voto e ao contrário a até direitos mais íntimos como a proteção contra a violência doméstica, ao estupro, aos abusos sexuais e autonomia do seu próprio corpo, como o direito ao aborto e métodos contraceptivos.

Depois desses direitos conquistados, as feministas adaptaram seus discursos para outros tipos de exigências mais atuais que relacionam a luta contra o racismo, a classe e a homofobia.

O feminismo tem mais de uma vertente e a mais conhecida é a chamada feminismo francês, que tem como principal nome a feminista Simone de Beauvoir, que escreveu vários textos, tratados e livros que influenciaram o feminismo na revolução francesa e em todo o mundo ocidental.

Para lembrar a luta das mulheres e seu papel fundamental dentro da sociedade, foi criado o Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, que tem o objetivo de conscientizar a sociedade diante dos direitos da mulher, a igualdade entre os sexos, os direitos conquistados e a luta para adquirir novos direitos.

O dia 8 de março foi escolhido como símbolo de um momento histórico em que 140 mulheres foram assassinadas em Nova Iorque em 1911. Essas mulheres lutavam por melhores condições de trabalho em uma fábrica têxtil quando em um momento a fábrica pegou fogo e elas foram trancadas lá dentro de forma criminosa.

Movimento Feminista no Brasil

Na época em que o Brasil ainda era colônia de Portugal, houve poucos direitos conquistados pelas mulheres. O comum daquela época eram mulheres tratadas como propriedade de algum indivíduo do sexo masculino, como o pai, marido ou irmão. Mesmo que o momento fosse muito difícil para haver algum tipo de melhorias em direitos das mulheres, existiam algumas que lutavam pelo direito à educação, ao divórcio, ao voto e ao trabalho.

A partir de 1822, alguns direitos das mulheres começaram a ter um pequeno avanço, como o direito da mulher ao acesso à educação e o reconhecimento de Dionísia Gonçalves como a primeira mulher a criar uma escola para garotas no Brasil. Não existia nenhuma lei que proibia as mulheres de participar das atividades políticas, mas era porque as mulheres não eram reconhecidas nem mesmo como seres que tinham algum direito constitucional.

O século XIX teve pouco avanço na igualdade de gênero no Brasil. As mudanças começaram a ocorrer realmente a partir do século XX, quando as mulheres começaram a entrar no mercado de trabalho exigindo melhores condições. Muitas delas trabalhavam como costureiras em fábricas têxtil e lutavam por jornada de 8 horas e o fim do trabalho noturno. No ano de 1917, o Conselho Feminino da Organização Internacional do Trabalho aprovou o salário igualitário entre os sexos e a permissão das mulheres para entrarem para o serviço público.

Getúlio Vargas, em 1932, garantiu o direito das mulheres em votar e ser votada, mas o texto estava somente provisório no código eleitoral da época. A plenitude do direito só aconteceu na Constituição de 1946. Maiores conquistas foram concebidas em 1975 como o direito da mulher se divorciar e a criação da Fundação das Mulheres do Brasil. A partir de 1980, a Fundação foi conquistando status cada vez maior até chegar a ter espaço no governo como Secretaria de Política para Mulheres.

Mesmo conquistando vários outros direitos que dão igualdade entre os sexos e a conquista da liberdade do corpo, as mulheres ainda suportam muito com o desrespeito das leis que as protegem no Brasil. Segundo dados do governo, a cada cinco minutos uma mulher é agredida e a cada 2 horas uma mulher sofre homicídio no país. Na área trabalhista, muitas mulheres ainda sentem na pele a desigualdade salarial entre elas e os homens. Mulheres com o mesmo nível de educação e idade que homens recebem 30% a menos em seu salário.

Talvez a maior conquista das mulheres brasileiras seja a Lei Maria da Penha, criada em 2006. O nome é uma homenagem a brasileira Maria da Penha, que ficou paraplégica devido a violência doméstica que sofreu pelo marido por longos anos. A Lei protege mulheres que sofrem qualquer tipo de violência doméstica, pode ser ela sexual, física, patrimonial ou psicológica.

Movimento Feminista nos dias atuais

Depois de grandes conquistas, as mulheres feministas crescem cada vez mais e lutam por mais e mais direitos. A partir da década de 1980, o movimento englobou também as lutas ligadas a outros grupos sociais que também lutam por direitos iguais, como dos direitos dos homossexuais. O movimento feminista está interligado com movimentos que lutam contra a homofobia, por mais direitos dos gays e, principalmente, de lésbicas.

O movimento feminista está em constante luta para agregar novos direitos e adaptar as igualdades exigidas para o mundo atual. O movimento está muito ativo principalmente em países ditos subdesenvolvidos, onde as leis de proteção à mulher são desrespeitadas constantemente.

Os países desenvolvidos têm uma naturalidade maior em aprovar direitos iguais entre os seres humanos, independente do sexo, cor, raça, gênero ou orientação sexual. Países subdesenvolvidos são mais conservadores e estão atrasados em proporcionar igualdade para a sua sociedade.

Exemplos de países muito subdesenvolvidos principalmente na questão de direitos das mulheres são alguns países africanos e países islâmicos. Esses lugares não aceitam a liberdade individual das mulheres e nem suas escolhas. Muitas são apedrejadas, mutiladas, mau-tradadas e até mesmo executadas por descumprirem alguma ordem de homens, Estado e/ou religião.

Conclusão

Muitas sociedades ainda possuem dificuldades em aceitar o movimento feminista como parte da luta para a conquista e igualdade de direitos das mulheres dentro de vários setores sociais, políticos, jurídicos e culturais.

Mesmo que alguns movimentos conduzem discursos mais extremistas e exagerados, somente com a luta do feminismo é que se gerou os direitos atuais das mulheres. Uma pauta muito forte do movimento feminista hoje no Brasil é a luta pela descriminalização do aborto, que é um assunto polêmico e que gera muitas opiniões divergentes ao tema.

Um tema muito debatido também, principalmente em campanhas eleitorais, é a inclusão de mulheres nas instituições políticas do país, como o Congresso Nacional. Quando existem, muitas candidaturas femininas não são levadas a sério pelos partidos políticos. A criação de mais políticas públicas é essencial para que as mulheres conquistem mais direitos e se adentrem cada vez mais no mercado de trabalho e nas instituições públicas do país.