Presidentes do Brasil

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O Brasil deixou de lado a Monarquia a partir da Proclamação da República, que ocorreu em 15 de novembro de 1889. Após isso, o país passou a ser governado por um presidente da República. O primeiro presidente do Brasil foi o Marechal Deodoro da Fonseca. De lá para cá, o país foi governado por 42 homens e uma mulher. Neste artigo, você vai conhecer todos os presidentes do Brasil.

Presidentes do Brasil na Primeira República

A Primeira República também era conhecida como República Velha e marcou a primeira etapa da organização republicana no Brasil. Este período vai da Proclamação da República até a Revolução de 1930 e foi marcado por muitos confrontos e alianças entre os militares das Forças Armadas e a oligarquia rural.

Para se ter uma ideia da importância dos militares nesse primeiro momento, até que Prudente de Moraes fosse eleito em 1894, apenas membros das Forças Armadas haviam comandado o país, fazendo com que esse período ficasse conhecido como a República da Espada.

Mas com a chegada do primeiro presidente civil, uma característica se acentuou: o Sudeste brasileiro passou a concentrar forças nos destinos do país, com membros das oligarquias da região alternando-se no poder. É o que se convencionou de chamar de Política do café com leite, por conta da aliança entre São Paulo e Minas Gerais na indicação de presidentes para governar a nação.

Foram 13 pessoas que acabaram sendo eleitas presidentes do Brasil na Primeira República, sendo que um deles não chegou a tomar posse. Confira nos detalhes abaixo:

  • Deodoro da Fonseca (15.11.1889 a 25.02.1891);
  • Floriano Peixoto (23.11.1891 a 15.11.1894);
  • Prudente de Moraes (15.11.1894 a 15.11.1898);
  • Campos Salles (15.11.1898 a 15.11.1902);
  • Rodrigues Alves (15.11.1902 a 15.11.1906);
  • Affonso Penna (15.11.1906 a 14.06.1909);
  • Nilo Procópio Peçanha (14.06.1909 a 15.11.1910);
  • Hermes da Fonseca (15.11.1910 a 15.11.1914);
  • Wenceslau Braz (15.11.1914 a 15.11.1918);
  • Delfim Moreira (15.11.1918 a 28.07.1919);
  • Epitácio Pessoa (28.07.1919 a 15.11.1922);
  • Arthur Bernardes (15.11.1922 a 15.11.1926);
  • Washington Luís (15.11.1926 a 24.10.1930);
  • Júlio Prestes (eleito em 1930, não tomou posse por conta do movimento revolucionário comandado por Getúlio Vargas, que derrubou a República Velha e instaurou a Junta Governativa, até que Vargas assumisse o poder de vez).

Era Vagas

A Era Vargas corresponde ao período de 1930 e 1945 e marca basicamente o controle do país nas mãos do gaúcho Getúlio Vargas, um dos mais conhecidos e marcantes presidentes do Brasil. Esse período veio à tona por conta de uma insatisfação crescente contra a política centrada entre paulistas e mineiros, especialmente dentro do exército. Junto a isso o declínio da economia ocorrida por conta da queda brusca do preço do café, o principal ativo brasileiro à época, culminando com a crise capitalista de 1929. Tudo isso provocou o impedimento da posse de Júlio Prestes em 1930 e, por meio de um golpe militar, instaurou-se uma breve Junta Governativa, liderada por Menna Barreto, Isaías Noronha e Augusto Tasso Fragoso, até Vargas ser o escolhido para governar o novo período.

Vargas seria eleito em 1934, na esteira da Constituição daquele ano, que buscou trazer melhorias para a sociedade brasileira daquela época. No entanto, era esperado que ele saísse ao término de seu mandato, o que gerou uma disputa intensa para saber quem seria o sucessor dele. Mas Vargas deu um golpe de Estado em si mesmo, cancelou as eleições presidenciais, dissolveu o Congresso e instituiu o chamado Estado Novo, um governo ditatorial, com uma nova Constituição, que durou até 1945.

República Populista

Os presidentes do Brasil na chamada República Populista marcam um curto processo democrático até nova ditadura, essa mais fortemente militar. Após a queda de Vargas, Eurico Gaspar Dutra foi o primeiro presidente eleito desse período. Em seu governo foi realizada uma nova Assembleia Constituinte, que definiu a quinta constituição do país e estabeleceu os três poderes como conhecemos hoje: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Com uma campanha nacionalista, Getúlio Vargas foi novamente eleito para governar o país de 1951 até 1954, quando se suicidou, pressionado por movimentos oposicionistas que exigiam a sua renúncia e o responsabilizavam por conta de um atentado contra um de seus mais ferozes opositores, o jornalista Carlos Lacerda.

Em novembro de 1955 foi afastado da presidência por motivos de saúde, assumindo em seu lugar o presidente da Câmara, Carlos Luz, este deposto por tentar impedir a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek.

Após o suicídio de Getúlio, Café Filho assumiu a presidência, mas ficou apenas 1 ano no cargo, se afastando por questões de saúde. Carlos Luz, então presidente da Câmara, assumiu, mas foi deposto por tentar conspirar para não entregar o cargo a Juscelino Kubitschek, que foi eleito no final de 1954 com o lema de fazer o país crescer cinquenta anos em cinco. Em seu governo que foi construída a cidade de Brasília e houve um grande incentivo à industrialização, em especial a automobilística.

Mas apesar dos progressos econômicos obtidos por Kubitschek, o país viva em constante ebulição política, com ameaças seguidas de possível intervenção militar. Jânio Quadros foi eleito em 1960, mas seu governo durou apenas sete meses, quando renunciou em uma tentativa frustrada de autogolpe. Assumiu seu vice, João Goulart, representando uma sobrevida ao populismo e aos interesses da classe trabalhadora. Mas, em um contexto de manifestações crescentes de ambos os lados, os militares foram chamados à participação por setores conservadores e consumaram o golpe militar que devolveu o país ao controle dos generais.

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Presidentes do período “populista”:

  • José Linhares (29.10.1945 a 31.01.1946): presidente do Supremo Tribunal Federal, exerceu a Presidência após a queda de Getúlio Vargas;
  • Eurico Gaspar Dutra (31.01.1946 a 31.01.1951);
  • Getúlio Vargas (31.01.1951 a 24.08.1954);
  • Café Filho (24.08.1954 a 11.11.1955);
  • Carlos Luz (08.11.1955 a 11.11.1955);
  • Nereu Ramos (11.11.1955 a 31.01.1956);
  • Juscelino Kubitschek (31.01.1956 a 31.01.1961);
  • Jânio da Silva Quadros (31.01.1961 a 25.08.1961);
  • Ranieri Mazzilli (25.08.1961 a 08.09.1961);
  • João Goulart (08.09.1961 a 1º.04.1964).

Ditadura Militar

Com os militares no poder, vários Atos Institucionais foram decretados, cassando mandatos políticos, acabando com a estabilidade de funcionários públicos e com as imunidades parlamentares, assim como inúmeras modificações no Congresso. O primeiro presidente desta fase foi Castello Branco, que entre seus atos suspendeu os direitos políticos dos brasileiros.

Mas foi durante o governo Costa e Silva que foi decretado ao AI-5, responsável pelo aumento exponencial da repressão, da censura e da violência da ditadura, com muitas prisões, torturas e mortes, tendo desaparecido muitas pessoas vítimas dos desmandos dos militares.

Esse período mais sangrento iria durar até Ernesto Geisel assumir a presidência, em 1974. A partir dali se iniciava um lento e gradual processo de distensão da ditadura, que iria se tornar mais amplo apenas no fim da década de 1970, já com a transição para o governo do General João Figueiredo, que ficou no poder até 1985.

Confira todos os presidentes do Brasil na ditadura militar:

  • Castello Branco (15.04.1964 a 15.03.1967);
  • Costa e Silva (15.03.1967 a 31.08.1969). Seu governo durou pouco tempo, pois ele teve um derrame cerebral e precisou ser afastado;
  • Governo Provisório – Junta Militar (Augusto Hamann Rademaker Grünewald; Aurélio Lyra Tavares; Márcio de Souza Mello – 31.08.1969 a 30.10.1969): assumiram a Chefia do Governo devido ao Ato Institucional nº 12/69, durante o impedimento temporário do Presidente da República;
  • Emílio Médici (30.10.1969 a 15.03.1974);
  • Ernesto Geisel (15.03.1974 a 15.03.1979);
  • João Figueiredo (15.03.1979 a 15.03.1985).

Nova República

A Nova República é o período seguinte à ditadura militar e que é marcado pela redemocratização e pela busca pela estabilização econômica. Mas apesar do movimento Diretas Já, a primeira eleição para presidente pós-militares não foi levada a cabo pelo povo. O voto foi indireto e quem escolheu foi o Congresso, ainda sob o resquício do período ditatorial.

Ainda assim, foi eleito Tancredo Neves, um político querido por muitos e a quem se depositava muitas esperanças. Porém, ele morreu antes mesmo de tomar posse, frustrando grande parte do país. Quem assumiu foi o vice José Sarney, nome ligado ao establishment anterior e a quem ficou a incumbência de liderar a nova Assembleia Constituinte que criou a Constituição de 1988, estabelecendo novamente ao país o regime presidencialista.

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Nas primeiras eleições diretas para presidente, em 1989, o até então desconhecido Fernando Collor de Mello foi eleito, mas acabou caindo em 1992 após um longo processo de impeachment devido a denúncias de corrupção. Itamar Franco assumiu um governo de transição que levou a cabo o Plano Real, projeto liderado pelo então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, que acabaria se elegendo presidente em 1994 e repetindo a façanha em 1998.

Em 2002, foi a vez de um partido considerado de esquerda e popular assumir o poder no Brasil pela primeira vez em muitos anos. Luis Inácio Lula da Silva governou o país até 2010, tendo alcançando níveis recordes de aprovação e elegido a sua sucessora, Dilma Rousseff, que governou até 2016, quando caiu após um conturbado processo de impeachment devido a supostas irregularidades contábeis. Ela foi substituída pelo vice Michel Temer.

Veja a seguir em detalhes todos os presidentes do Brasil na Nova República

  • Tancredo Neves: não chegou a tomar posse, marcada para o dia 15.02.1985, pois adoeceu repentinamente na véspera. Faleceu no dia 21.04.1985;
  • José Sarney (15.03.1985 a 15.03.1990);
  • Fernando Collor (15.03.1990 a 02.10.1992);
  • Itamar Franco (29.12.1992 a 01.01.1995);
  • Fernando Henrique Cardoso (01.01.1995 a 01.01.2003);
  • Luiz Inácio Lula da Silva (01.01.2003 a 01.01.2011);
  • Dilma Rousseff (01.01.2011 a 31.08.2016): o mandato da então Presidenta Dilma Rousseff foi interrompido em 31 de agosto de 2016 por um processo de impeachment, assumindo sem eu lugar o vice-presidente, Michel Temer;
  • Michel Elias Temer Lulia (31.08.2016-hoje): com a interrupção do mandato da então presidenta Dilma Rousseff, em 31 de agosto de 2016, Temer assumiu a Presidência do Brasil.