Revolução Cubana

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Um movimento guerrilheiro no final dos anos 1950, liderado revolucionário Fidel Castro e seus aliados Ernesto Che Guevara e Camilo Cienfuengos, que derrubou o governo do ditador Fulgencio Batista, implantando em Cuba o regime socialista vinculado à União Soviética: isso diz o que foi a Revolução Cubana.

Para entender como ocorreu a Revolução Cubana, vamos fazer um resumo. Cuba antes do socialismo seguia com uma forte influencia dos Estados Unidos, contou inclusive com tropas americanas para se tornar independente da Espanha. Os EUA, com isso, passaram a intervir de maneira direta em Cuba. Multinacionais norte-americanas se instalaram no país e dominavam a indústria açucareira e o setor de turismo cubano.

revolução cubana

Apesar do apoio norte-americano como o governo ditatorial do general Fulgêncio Batista em Cuba, esta vinha se tornando cada vez mais fraca e a desigualdade social só aumentava no país. Juntando isso com a negligência de Fulgêncio para com as necessidades básicas da população, seu governo perdia força.

O jeito capitalista de governar de Fulgêncio não agradava seu grande opositor, o socialista Fidel Castro, que queria acabar com a influência dos Estados Unidos. Em 1957, Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto Che Guevara, os líderes da Revolução Cubana, montaram um grupo para combater as forças do governo, grupo este que conseguiu o apoio de muita gente que estava insatisfeita com o governo ditatorial de Fulgêncio.

A Revolução em Cuba estava para começar com a entrada do grupo liderado por Fidel Castro conquistando diversas cidades e enfraquecendo ainda mais o governo. A intenção de Fidel era tomar o poder e tornar Cuba uma nação sem exploração e onde todos vivessem bem.

Em 1959, Fidel Castro e seus revolucionários tomaram o poder de Cuba. A partir de então, o país se aproximou da União Soviética e tornou-se uma nação socialista. A Revolução em Cuba traz consequências como a nacionalização de bancos e empresas, reforma agrária e reformas nos sistemas de educação e saúde.

Revolução Cubana Introdução

Cuba antes do socialismo sempre esteve sob influência dos Estados Unidos e foi um dos últimos países a proclamar sua independência e, para isso, contou com o apoio ativo e decisivo dos americanos ao render as forças espanholas em 1898, na Guerra da Independência de Cuba.

A ajuda dos EUA teve seu preço e, ao invés da independência, Cuba estreitou os laços com os norte-americanos que, em 1901, criaram a Emenda Platt, que autorizava os Estados Unidos a intervir em Cuba.

Em 1952, o coronel Fulgêncio Batista, que comandava as forças armadas cubanas e já havia sido presidente de Cuba entre 1940 – 1944, liderou um golpe de Estado e alçou novamente o poder. O governo de Fulgêncio e o golpe tiveram o apoio dos Estados Unidos, que nessa época dominava a indústria açucareira de Cuba.

O governo de Fulgêncio foi marcado por forte dependência dos Estados Unidos, uma economia baseada no capitalismo, alta taxa de desigualdade social, negligência com as necessidades básicas da população e brutalidade. Essas foram algumas das causas da Revolução Cubana que iria começar.

Foi nesse cenário que surgiu uma considerável oposição contra o regime de Batista. Sob a liderança de Fidel Castro, Cienfuegos e Che Guevara, o grupo de guerrilheiros de aproximadamente 80 homens se formou com o propósito de tomar o governo e estabelecer um novo regime baseado na igualdade e na melhoria das condições de vida dos menos favorecidos.

Em 1953, houve a primeira tentativa fracassada de derrubar o regime de Batista, que terminou em mortes e algumas prisões, entre elas a de Fidel. Condenado a 20 anos, por pressão popular foi anistiado por Batista em 1955, exilando-se no México. Lá, se reorganizou e preparou sua nova investida. Começavam os primeiros passos da Revolução Cubana.

Durante esse período, a ditadura de Fulgêncio perdia tanto da população quanto dos outros países, inclusive dos Estados Unidos, que passou a não mais enviar armas para Cuba.

Em 1956, Fidel Castro retornou a Cuba acompanhado de seu irmão Raul Castro e Che Guevara e seu grupo fortemente munido de armas. Entre 1956 e 1959, conseguiram conquistar várias cidades do território cubano, até finalmente acabar com o governo de Fulgêncio Batista.

Desenvolvimento da Revolução Cubana

Tomado o poder de Cuba, um dos primeiros atos de Fidel foi criar um Executivo colegiado, composto por um presidente da República que veio a ser Manuel Urrutia; um primeiro-ministro, José Miró Cardona e o próprio Fidel Castro como chefe das forças armadas.

O novo regime instaurado por Fidel ficou conhecido por violações aos direitos humanos como censura, morte a opositores e pelotões de fuzilamento. Muito se criticava também os métodos utilizados para o julgamento. Isso começou a denegrir sua imagem interna e externamente e, após um ano de governo, vários ministros já haviam deixado o governo.

Ainda em 1959, primeiro ano do novo regime implantado por Fidel, além dos fuzilamentos e mortes a opositores, foram promovidas uma reforma agrária e urbana, onde se anunciou medidas como a nacionalização de empresas norte-americanas na ilha e a proibição da posse de terras cubanas por parte de estrangeiros. Como isso ia contra os interesses dos Estados Unidos na ilha, agravou-se a tensão entre os dois países.

Os EUA possuíam muitas companhias exploradoras de cana de açúcar em Cuba e importavam o equivalente a um terço de seu consumo de açúcar da ilha. Então, em 1960, o governo americano de Eisenhower passou adotar uma política anti-Castro e estabeleceu embargos para o açúcar, exportações de petróleo e de armas.

Como estava claro a dependência comercial que Cuba tinha com os Estados Unidos, foi necessário buscar apoio de outro país e então Cuba estreitou suas relações com a União Soviética, fato que foi a gota d’agua para os EUA. Ficou claro que o governo de Fidel era comunista e então os Estados Unidos declaram embargo econômico a Cuba, onde se foram rompidas todas as relações diplomáticas dos Estados Unidos com o país caribenho.

O embargo total entre EUA e Cuba iniciou-se em 1962, quando Kennedy ampliou as medidas impostas pelo governo anterior de Eisenhower, e se agravou em 1963, após a crise dos mísseis. A URSS, nessa época, tinha um projeto de instalação de mísseis de médio alcance em Cuba, uma ameaça aos Estados Unidos. Após extensas negociações, a União Soviética aceitou retirar seus mísseis da ilha caribenha, mas o mundo esteve perto de um confronto nuclear. Após esse episódio os EUA restringiram as viagens de cidadãos americanos à ilha.

Revolução Cubana Conclusão

Cuba continuava aprofundando suas relações com a União Soviética ao longo da década de 1960 e, em 1965, foi fundado o Partido Comunista Cubano, sob o comando de Fidel Castro. Fidel governou a ilha com base nos seus discursos e se utilizava da televisão para conseguir apoio popular.

Os reflexos da revolução são sentidos até hoje. Cuba é atualmente o único Estado socialista da América. Após a extinção da URSS, Cuba passou a enfrentar diversos problemas e teve que reformular a política econômica do pais.

O embargo econômico dos Estados Unidos à ilha continuava e outros países da América e Europa passaram a fazer o mesmo. Ao longo dos anos, a maioria desses países voltou a se relacionar comercialmente com Cuba. Com os Estados Unidos, o embargo foi parcialmente interrompido em 2014 com a eleição do presidente americano Barack Obama e com a saída de Fidel do poder em 2008.

Em razão de um problema de saúde, em 2006, Fidel Castro foi afastado da presidência e seu irmão, Raúl Castro, que também participou da revolução, assumiu o cargo de presidente, mas cumprindo as ordens de Fidel, que continuava como líder. Depois de 47 anos no poder, o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, faleceu em 25 de novembro do 2016,

Durante os últimos anos, Cuba vem tentando se reaproximar de diversos países e a estimular investimentos estrangeiros e o turismo. A população está liberada para comprar computadores mesmo com o uso da internet restrito. Celulares também são itens liberados, porem são caros e inacessíveis para uma boa parcela da população.